JUST DO IT

domingo, 16 de agosto de 2009

Ah, como é difícil falar de amor.

Ah, como é difícil falar de amor, uma definição tão simples e uma prática tão cheia de dor, e ainda que eu caísse eu estaria tão bêbado e ferveria com as respostas da tua calmaria por sobre o que teu peito conquistou. Corro por entre a doce ventania que invadira à minha vida feito a noite sobre o dia e o dia abrindo a cor, marco teu silêncio tatuado com desejo, fecho as portas da minha alma e só te sinto quando não vejo o que o homem desenhou, encontro o teu fogo entre a beleza de um corvo que não consigo enxergar, teus olhos não me mentem que a certeza não é presente e é preciso arriscar, e por sobre todo este clichê concluo com a minha inocência que a tua saliência é bem difícil de encontrar, mas você a acha tão rapidamente, com um ligeiro precedente que já parece adivinhar, que vai ser tudo igual novamente, você não fugirá comigo e eu não vou mais arriscar. Trágico fim, talvez, para quem um dia escolheu ter vez mas decidiu que queria falhar, ah como é difícil falar de amor, uma definição agora tão complexa cujo fim só Deus dará.

2 comentários:

  1. Oh, I wish I was old enough to need a cigarette or a bottle of wine.

    "Você não fugirá comigo e eu não vou mais arriscar", isso me lembra alguma coisa... Como café doce demais, em cima de um par de mimosas azedas demais. Ninguém precisa engolir moedas, pedras, flores inteiras até os espinhos, cigarros, areia, brita, para sentir a garganta queimando. Nem precisa de nada mais do que o ácido do próprio estômago e um bom motivo para engasgar com ele. Eu não tenho pena de ninguém, mas uma vontade de fazer tudo isso passar. Talvez por puro rancor, porque não tenho paciência o suficiente para esperar solidariedade, e porque nunca parece tão grave. É difícil enxergar o escuro pelos olhos do outro, mas eu continuo tentando.

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  2. Como é difícil falar de amor.
    Mesmo que olhos não enxerguem, os ouvidos não ouçam e suas mãos não toquem, seu coração bate aceleradamente, sua garganta se rende à um nó e sua barriga esfria. Nós não temos controle sobre ele, haha, nós realmente não temos controle sobre ele!

    Ótimo texto, parabéns Iago! ^^

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