sábado, 8 de agosto de 2009
Estrada.
Eu estava correndo, desnorteado, apaixonado pelas ruas escuras e tão vazias. O barulho dos meus passos era o único, meu braço doía e sangrava, mas minhas lágrimas estavam lá, imperceptíveis, direcionadas à qualquer rumo, assim como a mim, sem destino, e eu a seguia, parecia o cenário perfeito junto à luzes ofuscantes amareladas. Eu preferia não pensar, ou imaginar, mas nem tudo é evitável, e em quase meio caminho andado, eu me vi deitado, com os lábios feridos... quando as luzes começaram a se apagar, impiedosas e intransigentes, que não se dera por satisfeita enquanto não vira meu rosto sangrando, derrotado mais uma vez pelo desistimulo de esperar tanto pela última luz, a que poderá um dia caminhar junto comigo, e que se acenderá dentro de mim me mostrando o caminho certo. E esperar por essa luz chegar, é ficar deitado no chão com os lábios sangrando, sem tempo certo pra cicatrizar, sem hora certa pra dizer adeus, sem hora certa pra continuar, é não ter forças de criar dentro do próprio peito, essa tão perfeita luz, que é capaz de nos guiar...
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