sábado, 8 de agosto de 2009
Reticências.
Eu queria tanto, não deixar transparecer, deixar com que a dúvida invadisse ao meu peito e chegasse direto aos teus tímpanos, eu queria que o céu desabasse e só nós soubessemos nos proteger, e queria que fossemos completamente cegos e donos de um mundo distante, porque aí sim, eu teria a certeza de que nós nascemos com os destinos cruzados, mas eu sei que só linhas tortas cruzam o nosso maldito destino, e isso poderia ser tão idiotamente comum, mas só se tudo acabasse na felicidade constante, e não na felicidade instântanea que é, quando eu me aproximo de você, e agora você vai, e eu vou procurar não definhar, e em lugares frios, aquecidos, cheios ou vazios eu vou continuar do mesmo jeito, ferido, triunfante, tentando abstrair não sei de onde, esse ódio que não existe.
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